sexta-feira, 29 de abril de 2011

Um exelente texto Ed Rene Kivitz

Eu também não te condeno

Pode procurar que você não vai achar. Não importa aonde vá, estou absolutamente convencido de que há duas coisas que você nunca vai achar. Você pode correr o mundo e o tempo, e tenho certeza que jamais conseguirá achar alguém que não se envergonhe de algo em seu passado. Para qualquer lugar que você vá, lá estarão elas, as pessoas que gostariam de apagar um momento, uma fase, um ato, uma palavra, um mínimo pensamento. Todo mundo tenta disfarçar, e certamente há aqueles que conseguem viver longos períodos sem o tormento da lembrança. Mas mesmo estes, quando menos esperam são assombrados pela memória de um ato de covardia, um gesto de pura maldade, um desejo mórbido, um abuso calculado, enfim, algo que jamais deveriam ter feito, e que na verdade, gostariam de banir de suas histórias ou, pelo menos, de suas recordações.

Isso é uma péssima notícia para a humanidade, mas uma ótima notícia para você: você não está sozinho, você não está sozinha. Inclusive as pessoas que olham em sua direção com aquela empáfia moral e sugerem cinicamente que você é um ser humano de segunda ou terceira categoria, carregam uma página borrada em sua biografia, grampeada pela sua arrogância e selada pelo medo do escândalo, da rejeição e da condenação no tribunal onde a justiça jamais é vencida. Você não está sozinho. Você não está sozinha. Não importa o que tenha feito ou deixado de fazer, e do que se arrependa no seu passado, saiba que isso faz de você uma pessoa igual a todas as outras: a condição humana implica a necessidade da vergonha.

A segunda coisa que você nunca vai encontrar é um pecado original. Não tenha dúvidas, o mal que você fez ou deixou de fazer está presente em milhares e milhares de sagas pessoais. Não existe algo que você tenha feito ou deixado de fazer que faça de você uma pessoa singular no banco dos réus – ao seu lado estão incontáveis réus respondendo pelo mesmíssimo crime. Talvez você diga, “é verdade, todos têm do que se envergonhar, mas o que eu fiz não se compara ao que qualquer outra pessoa possa ter feito”. Engano seu. O que você fez ou deixou de fazer não apenas se compara, como também é replicado com absoluta exatidão na experiência de milhares e milhares de outras pessoas. Isso significa que você jamais está sozinho, jamais está sozinha, na fila da confissão.

Talvez por estas razões, a Bíblia Sagrada diz que devemos confessar nossas culpas uns aos outros: os humanos não nos irmanamos nas virtudes, mas na vergonha. Este é o caminho de saída do labirinto da culpa e da condenação: quando todos sussurrarmos uns aos outros “eu não te condeno”, ouviremos a sentença do Justo Juiz: “ninguém te condenou? Eu também não te condeno”.

É isso, ou o jogo bruto de sermos julgados com a medida com que julgamos. A justiça do único justo reveste os que têm do que se envergonhar quando os que têm do que se envergonhar desistem de ser justos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

QUE NÓS APRENDAMOS COM AS AGUIAS, EU APRENDI E VC?

Corra sem perder o equilíbrio

correr (1)
Não corra desesperadamente por uma vida cristã vitoriosa, você pode se desequilibrar, cair e machucar. Corra com paciência, com prudência, por aquilo que propôs Deus para sua vida. Corra, não só pensando em chegar, mas pensando em ajudar outros, pelo menos a sua família, a chegar com você. Corra junto! Não queira ir à frente, isso não significa vida vitoriosa. Pois na vida cristã, o mais importante é chegar lá, e chegando lá, perceber que pôde ajudar outros a chegar também.
Abraços!
Cansar é humano, renovar-se é divino!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Como ser essa mulher!

O tempo vai passando,e vamos ficando mais maduros(as), hoje vejo que ser esposa de pastor não é um glamour e sim uma responsabilidade e muito grande, existem seus momentos maravilhosos como tem seus momentos dificieis, as pessoas acham que devemos nos comportar como uma mulher canonizada, sem pecados e prontas para dar respostas positivas, quem fez uma faculdade e seminário foram nossos esposos, e mesmo assim nossos esposos tem suas crises, imagine nós.
hoje tenho compreendido que para ajudar meu esposo eu não preciso estar fazendo coisas na igreja, e sim cuidando dele em oração, amando e cuidando de nossa família, e este já é um grande ministerio que Deus confiou a mim, peço a Deus todos os dias sabedoria para ser além de esposa, mulher de pastor.

Eliane Silva(Nane)

Liderança pastoral e família saudável: Será possível?

“É possível conciliar o trabalho pastoral com o bem estar da família?”
"... Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor.” (Josué 24.15)
Numa sala de aula, um grupo líderes foi surpreendido com uma pergunta do professor. “Vocês estão dispostos a darem a vida pela igreja de Cristo?”, indagou o mestre, silenciando por alguns minutos, dando tempo para que processássemos a pergunta e respondêssemos com sabedoria. Alguns alunos quebraram o silêncio, e responderam que “sim”, apresentando, cada um, as suas justificativas. Confesso que fui levado a dar a mesma resposta. Afinal, soa bem esta idéia de estarmos trabalhando arduamente por uma causa e por isso, todo sacrifício é valido para salvarmos as pessoas. Parece que o reconhecimento da igreja é maior para esse tipo de desprendimento, de lideres que desenvolvem um estilo pastoral mais “sacrificial”.
Retomando a Palavra, o professor contrariou as justificativas de seus alunos com duas colocações: primeiro, não foi isso que Jesus pediu aos seus pastores; segundo, é um sério erro de visão do ministério pastoral, que tem conduzido muitos lideres a desenvolverem o que chamou de “Síndrome de Messias” (a atitude de muitos líderes que se apresentam para o “sacrifício”, trabalhando incansavelmente, dias, noites e madrugadas, justificado pelo serviço ao Reino de Deus e bem estar do seu rebanho). Alguns pastores estão, literalmente, morrendo pela igreja de Cristo, ou, em outra versão, estão matando seus ministérios. O professor ainda fez uma ultima afirmativa: “Somente um pode entregar a sua vida pela igreja e morrer por ela: Jesus. Ele já fez isso uma única vez e não pediu a ninguém mais para fazê-lo novamente”.
O excesso de trabalho, a falta de cuidado com a saúde física e a ausência do lar, tem sido confundido com a urgência do cuidado diligente da igreja. Os pastores acabam vendo isso como condição normal do ministério, recebendo homenagens ao final da jornada, com destaques para seus “esforços além da conta ou sacrifícios sem medida”. As conseqüências precisam ser avaliadas à luz de um histórico mais detalhado da vida do líder. Qual foi verdadeiramente o custo para o exercício do seu ministério? Comece perguntando às esposas e aos filhos, que são as pessoas mais autorizadas a falar sobre o assunto.
“Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?” (1Tm 3.4,5)
A triste realidade é que esta entrega inconsequente, aceita pelos lideres da igreja como processo natural da vocação, está levando ao sacrifício não apenas eles, mas também suas famílias. Esposas em silêncio, compreensivas ao chamado ministerial de seus esposos, quando podem compartilhar e abrir seus corações, revelam suas dores, frustrações, uma solidão velada, depressão disfarçada em sorrisos forçados na porta da igreja. Filhos sem pais não é característica apenas de uma sociedade perversa, sem Deus; esta realidade invade também os lares cristãos, inclusive dos pastores e líderes. Estudos já demonstraram que há um grande numero de filhos de pastores que, ao alcançarem a idade da independência, abandonaram a igreja. Podemos encontrar uma série de justificativas para esta realidade, mas não há como esconder o desequilíbrio entre o excesso pastoral e a ausência paternal como uma das causas. Filhos precisam de pai, mais do que de pastor!
Se não pode ser diferente, eu abdico do ministério pastoral. Mas estou certo de que não foi bem assim que Deus nos ensinou. Ele jamais destruiria aquilo que ele mesmo construiu e considerou muito bom. Se família é dádiva de Deus e o ministério pastoral é vocação e chamado do mesmo Deus, um não pode excluir o outro, e nem mesmo temos o direito de estabelecer uma hierarquia de valores entre família e ministério. Nesta escala, na maioria das vezes, a família sai perdendo.
É possível conciliar o trabalho pastoral com o bem estar da família do pastor? Esta pergunta deve ser respondida com ações, mais do que com palavras, pelo bem dos nossos filhos e de nossas esposas, que precisam de maridos em casa, mais do que de pastores.
Estas ações não diminuem o trabalho pastoral, mas o qualifica; não o incrimina diante de Deus, mas o credencia ainda mais para o exercício da liderança sobre a igreja de Cristo; não o diminui diante da comunidade cristã, mas gera respeito e credibilidade maior pela vida familiar exemplar.
Reconheço que temos um alto preço a pagar para realizar um ministério pastoral efetivo e liderar a igreja de Cristo com excelência. Porém, não deve estar incluso neste preço a destruição ou desintegração das famílias. Se assim acontecer, falhamos!
Pense a respeito e peça a orientação de Deus para o exercício de um ministério eficaz em todas as direções. E, se preciso for, mude!! Pelo bem estar do ministério e da família, presente precioso de Deus.


Edison Zemuner: Missionário da SEPAL - Pós-Graduado em Teologia e Comunicação Empresarial; Licenciado em Pedagogia; Bacharel em Teologia; Graduado Internacional e Docente pelo Instituto Haggai.
Contatos: edison@sepal.org.br – ezemuner@gmail.com



Amando a esposa do pastor


"Se esforçar para cuidar do pastor e de sua família é algo muito significativo"
Minha esposa, Grace, é filha e esposa de pastor. O pai dela se formou no Dallas Thelogical Seminary [Seminário Teológico de Dallas] ao lado de homens como Chuck Swindoll. Ele plantou uma igreja antes do nascimento dela e permaneceu lá por quarenta anos. Em algumas conversas com ela ao longo dos anos, pude ter a noção do preço que a família paga por esse tipo de ministério. Em algumas igrejas da prosperidade, ou do tipo “religiosas”, a esposa do pastor é tratada como a primeira dama, com quantidades extravagantes de poder e respeito. Entretanto, na maioria das igrejas menores, a esposa do pastor é tratada como a “última dama”, com quantidades miseráveis de amor e consideração. Como resultado disso, ela é a última mulher a se sentar à mesa nas refeições da igreja porque estava na cozinha preparando tudo, a última a ouvir o sermão de seu marido porque estava sendo abordada pelas outras esposas carentes, a última pessoa a ser cuidada quando está passando por necessidades porque está sempre cuidando dos outros primeiro e a última pessoa a receber a atenção exclusiva de seu marido porque o telefone dele está sempre tocando, com alguém do outro lado que decidiu aleatoriamente que é mais importante que ela.

Muitos pastores têm filhos. Aos Domingos, a esposa do pastor é basicamente uma mãe solteira. Ela acorda cedo para preparar o café da manhã, conversar com o marido e orar por ele antes que ele saia para pregar. Então ela tem que preparar as crianças, se arrumar, e botar a família para fora de casa cedo o suficiente para não se atrasar para o culto porque todo mundo vai comentar se ela se atrasar. Normalmente ela não tem uma vaga reservada no estacionamento, como deveria, e antes de entrar na igreja, ela é interrompida continuamente por pessoas querendo conversar – muitas vezes pessoas rudes, exigentes e críticos de seu marido. Ela tenta manter um olho nas crianças enquanto tudo isso ocorre, enquanto carrega a bolsa com as fraldas e outros utensílios, e, quando finalmente consegue entrar no templo, provavelmente não há um lugar guardado para ela. Tenho certeza que a igreja pode fazer melhor que isso.

Muitas igrejas não levam em conta, na oferta de salário do pastor, a quantidade enorme de dinheiro que a família dele reverte ao ministério. Se você quer que o pastor viva perto da igreja, tenha uma casa grande o suficiente para ser usada em eventos da igreja, com espaço para hóspedes, em que possa receber muitas reuniões e refeições e ainda faça ofertas generosas à igreja, tudo isso custa dinheiro. Além disso, pense em quantos presentes de aniversário, casamento, chá de bebê e Natal a família do pastor precisa comprar anualmente. Quando nossa igreja era ainda muito nova, nós gastávamos, literalmente, milhares de dólares com essas despesas, mesmo a igreja não nos pagando. Mais de mil pessoas passavam pela nossa casa todo ano, alguns moraram conosco. Nós fazíamos isso com prazer porque amamos a igreja. Mas chegamos a contrair algumas dívidas por não termos nenhuma reserva e, se algum carro com mais de 100 mil kilômetros rodados quebrasse, o cartão de crédito era nossa única opção. Se o seu pastor não trabalha com afinco ou não se doa de forma generosa, você o demite. Se ele de fato trabalha com afinco e se doa generosamente, então o recompense decentemente e libere sua família para ser mais generosa e produtiva. Um dos piores exemplos que eu já vi vem de uma igreja pequena. O pastor não recebia o salário integral porque os dízimos não eram suficientes. A esposa trabalhava para poderem balancear o orçamento, e os dois davam tudo de si para servirem à igreja. Um dos líderes dessa igreja que ajudava a cuidar do orçamento me procurou para obter alguma consultoria, já que eles não vinham crescendo ao longo dos anos. A primeira coisa que eu pedi foi o registro das ofertas dos líderes. Apenas dois dos seis líderes haviam contribuído com qualquer quantidade de dinheiro no último ano inteiro – o pastor e o tesoureiro. Os outros quatro homens da diretoria – todos com empregos bons e estáveis – não haviam dado nada, ou quase isso. Mas, ano após ano, não se importavam com a esposa do pastor trabalhando para ajudar no orçamento do lar e abrindo sua casa semana após semana para alimentar e servir as pessoas. Ela era uma das maiores dizimistas da igreja. Era algo criminoso. E isso é comum. Com certeza, a maioria das igrejas não tem muito dinheiro. Mesmo assim, se esforçar para cuidar do pastor e de sua família é algo muito significativo.

Na Bíblia, Deus ordena que todo o seu povo tenha um dia de folga, o Sábado (ou Sabbath). Certamente, algumas pessoas podem (e de fato o fazem) ser legalistas e religiosas quanto a isso, mas o fato puro e simples é que, se não cumprimos nosso Sábado voluntariamente, eventualmente iremos cumpri-lo involuntariamente quando isso nos levar a ficarmos doentes e/ou hospitalizados. Para um pastor, o Domingo é dia de trabalho. Isso vale o dobro se ele tem cultos no Sábado à noite ou no Domingo à noite (N.T.: nos EUA, tradicionalmente só há cultos, no Domingo, pela parte da manhã). Ele precisa ter algum outro tempo para o seu Sábado. Então, quando chega a folga do pastor ou as férias com a família (o que é vital), alguém precisa estar a postos para atender os telefonemas que seriam para ele, lidar com emergências e pastorear o rebanho. Apenas um punhado de membros dramáticos e carentes são o suficiente para arruinar toda a família do pastor ao telefonar constantemente, visitar constantemente e interromper sem motivo justo um jantar, uma folga ou as férias. Pessoas assim são egoístas e não entendem que quando um pastor possui o pequeno rebanho de sua família e o grande rebanho da igreja, ele não pode dedicar todo seu tempo apenas para uma ovelha solitária. Essas ovelhas precisam gastar tempo com as outras ovelhas e dar um descanso para o pastor. Feriados também são datas complicadas para a esposa do pastor. Ao contrário da maioria das mulheres da igreja, ela não pode aproveitar o Dia das Mães, o Dia dos Pais, a Páscoa, a véspera do Natal, o Natal e outros feriados com toda a família reunida indo para a igreja. Por quê? Porque o seu marido tem que trabalhar em todos esses dias, todo ano. Então ore por ela, agradeça a ela e seja simpático pelo contínuo sacrifício que ela faz pelo bem de toda a igreja.

Aquelas mulheres são uma legião. Aquelas mulheres são mandonas, exigentes e mestres da culpa. Elas tentam fazer da mulher do pastor a sua amiga, querem que ela esteja em todos os eventos da igreja, que ela exerça o cargo que elas desejam (como a liderança do ministério feminino), exigem o e-mail e o telefone pessoal dela, querem estar na casa do pastor sempre que puderem e desejam ter influência em todas as decisões da igreja ao manipularem a esposa do pastor. Essas mulheres tendem a ser bastante religiosas e difíceis de lidar. A verdade é que a Bíblia não fala de um ministério ou cargo chamado “esposa do pastor”. Isso acontece porque a esposa do pastor deve simplesmente ser uma cristã na igreja, como todo mundo. Suas prioridades são ser uma esposa piedosa, então uma mãe piedosa, e disso decorrem todas as outras obrigações. Se ela está ocupada com sua família e com o ministério que ela e seu marido tem com seus filhos, e os convidados que ela tem que servir sempre, ela já está mais que muito ocupada. Se ela deseja usar alguns de seus dons para servir a igreja e ela e seu marido pensam que isso é uma boa idéia, ótimo, mas isso não é uma obrigação. Talvez, conforme os filhos cresçam, ela tenha mais tempo para se envolver mais no ministério, se é para isso que ela e o marido acham que ela foi chamada. Eu sou muito abençoado por ter me casado com uma mulher que ama Jesus e a igreja. Ela não tem vontade de trabalhar após criarmos nossos filhos, mas ela deseja ensinar e treinar outras mulheres mais do que ela consegue hoje. Hoje ela está ocupada com cinco filhos pequenos e tem apenas um pouco de tempo livre para se dedicar ao ensino e ao treinamento na igreja. Quando nossos filhos crescerem, ela terá mais tempo para exercer algum ministério na igreja, de forma voluntária, assim como qualquer um, conforme acharmos que é isso que Deus a chamou para fazer. Aquelas mulheres precisam entender que a esposa do pastor deve ser amigável com todas as pessoas, mas não esperem que ela seja amiga de todas as pessoas. Ela, como todo mundo, tem o direito de escolher seus amigos. Com quem ela gasta tempo, para quem abre seu coração, quem convida para seu aniversário e para sua casa são decisões que cabem somente a ela.

Concluindo, estou chamando as pessoas a amarem sua igreja e seus líderes e orarem e cuidarem da esposa do pastor cujo ministério é vital, mas que costuma ser subestimado. Presentes são uma forma prática de amar a esposa do pastor, mas é muito mais significativo e amável tentar descobrir antes o que ela precisa ou fazer uma oferta em dinheiro. O propósito dos presentes se perde quando a casa dela está cheia de coisas que ela não tem nem como usar, mas se sente obrigada a mostar quando recebe visitas para não parecer rude. Além disso, agradeça a ela. Escreva um cartão. Procure se certificar que ela está sendo servida e ajudada aos Domingos. Graças a Deus, após alguns anos difíceis no ministério, a Mars Hill Church amadureceu e se tornou um ótimo lugar onde Grace e eu somos amados e ajudados. Assim, esse texto está cheio de recomendações que não precisamos mais. Ainda assim, muitas esposas de pastor ainda precisam disso, e espero que alguns de vocês possam ser essas bênçãos na vida delas.

Traduzido por Filipe Schulz

O Pesado Fardo de ser Esposa de Pastor

Na minha caminhada cristã, tenho visto um número significativo de esposas de pastores, marcadas negativamente pela igreja. Na verdade, basta olharmos para os nossos arraiais evangélicos que perceberemos uma quantidade de mulheres de Deus, feridas e adoecidas emocionalmente em virtude da pressão do ministério pastoral do marido.

É muito comum em nossas comunidades cobrarmos das esposas de nossos pastores, atitudes e comportamentos perfeitos. Na verdade, para muitos é absolutamente natural, exigir de nossas irmãs, aquilo que comumente exigimos de nossos pastores. E é pensando assim, que boa parte do povo de Deus estabeleceu em nome da pseudo-espiritualidade, que as esposas de pastores, devam estar presentes no maior número de reuniões possíveis. Para tais pessoas, a mulher do pastor tem que ser apta a coordenar ao mesmo tempo crianças, ministério de louvor, além obviamente de sociedades femininas. Isto sem falar, que a educação dada aos filhos deve ser perfeita, ilibada; e que a sua postura e comportamento devem ser irrepreensíveis, culminando assim com o sorriso constante de alguém que não experimenta crises e problemas. Para piorar a situação, muitas igrejas têm vivido debaixo da tirania da imposição, onde todas as mulheres de pastores eminentemente devem ser ordenadas pastoras.

Queridos, cobrar das nossas irmãs, esposas de pastores, aquilo que Deus não lhes chamou para fazerem ou executarem é no mínimo perverso. É importante que entendamos que muitas delas foram chamadas por Deus, para exercerem plenamente o ministério, no entanto, torna-se imprescindível que também entendamos que boa parte destas, não foram por Deus vocacionadas para exercerem de modo pleno o ministério na casa de Deus. O simples fato de exigirmos com que tais irmãs exerçam aquilo pelo qual não foram chamadas contribui significativamente para o seu adoecimento.

É de fundamental importância que compreendamos que a missão de ser auxiliadora do marido por si só já é dificílima. Isto sem contar o fato de que a esposa do pastor ainda carrega no bojo da vida a sublime missão de ser mulher, profissional, mãe e esposa!

Porque então colocar sobre nossas irmãs um peso que o Senhor não colocou?Minha oração é que o nosso Deus nos ensine a sermos equilibrados, bem como possuirmos bom senso, até porque, tais atributos tornam-se indispensáveis a uma comunidade rica e
saudável.

Pr. Renato Vargens